O PIBINHO E A ESPERANÇA NA LAVOURA OUTRO EFEITO DO CONCEITO GUERRA DAS MOEDAS!!!
Vivemos um tempo de contradições que geram paradoxos!! A esquerda, como cerne de seu discurso ideológico, sempre esteve no encalço do latifúndio!! No entanto, agora, são os governos de esquerda os primeiros a saudar a produção do latifúndio que vem a salvar as aparências econômicas de seus governos. Tanto na União, como Estados e Municípios. É exatamente do agronegócio, do sistema de estâncias ou fazendas, do sistema de plantation (sistema de produção em série fordista e taylorista). Com uma utilização de mão de obra mínima através de máquinas colheitadeiras, plantadeiras e tratores, que se salva a lavoura e o Brasil de hoje!! Este sistema foi altamente combatido no governo Fernando Henrique Cardozo onde nunca jamais se viu tanta invasão de terra e tanta colaboração para a implantação de outro sistema através da chamada reengenharia econômica: o Sistema Integrado ou sistema Just and Time ou também chamado Sistema Toyotista!! Este sistema Integrado ou chamado Toyotista é o sistema da Reforma Agrária. Um sistema que visa picar, atomizar, esquartejar o máximo possível a terra, adotando o sistema familiar de produção alvitrado pela Ditadura Militar, através da Lei 4504, Estatuto da Terra, que aplicado na ordem invertida dos militares, dava à esquerda um instrumental para realização de seu “ideal socialista”! Os militares utilizaram-se desta lei feita em fins de março, um mês após a revolução de abril, para colonizarem o interior e o eixo dos “corredores de exportação” que ligavam o litoral ao Brasil do interior. Queriam em sua visão geopolítica de estratégia nacionalista, construir a concatenação do arquipélago de ilhas das cidades litorâneas, liga-las ao interior do Brasil! As esquerdas, através do que chamavam “Entulho Autoritário”, inverteram o caminho dos militares e usaram esta mesma legislação para fazer, ao invés da interiorização das populações para sedimentação e agregação da soberania sobre o território, passarem, ao invés disto, a atacar o que chamam de Latifúndio, que são as propriedades no sistema Plantation (Fazendas e Estâncias). Para isto aliaram-se de forma tácita ao capital internacional e para realizar este ato utilizaram-se das teses de Antonino Granschi, retratada nos Quadernos, quando de sua prisão na Itália. Antonino não via solução na realização da tese Marxista da Luta de Classes mas, adaptando-a ou vislumbrando-a numa nova fase, visualizava-a como possibilidade de um sistema autofágico, em que classes novas, causadas pelo desenvolvimento tecnológico, permitissem a união destas novas classes rentistas com os plebeus, derrotando as velhas classes rurícolas que consideravam atrasadas. É este processo de autofagia de classes sociais que se estabeleceu no governo Fernando Henrique Cardozo, com o auxílio do Plano Real. O Plano Real, visceralmente era um plano decorrente da tese de Robert Mudelll, professor de economia da Columbia University e Prêmio Nobel na época. Ele preconizava a simetria monetária para a concatenação das assimetrias econômicas. Assim é que foi implantado o sistema de simetria que potencializou o Mercosul, que rumando de uma zona de livre comércio vislumbrava passar pelas fazes de União Aduaneira e finalmente para a de Mercado Comum. Com a estabilidade monetária auferida através da simetria monetária com o dólar isto possibilitaria que as Multinacionais e seu Capital, pudessem se instalar no Brasil e propiciar o funcionamento do Sistema Just And Time na Agricultura. A esquerda entraria com seu conhecimento ideológico e sua práxis de dividir ou repartir o pão e a terra insuflando as massas excluídas contra os proprietários rurais e as multinacionais colaborariam com o capital para financiar este novo sistema integrado de produção através da instalação de industrias agrárias integradas neste setor. As Multinacionais forneceriam o capital, as sementes, a tecnologia, os adubos, a assistência técnica, as matrizes de porcos, frangos, perus, vacas leiteiras, alevinos, sementes e tecnologia do fumo, etc e os neos com terras forneceriam o seu trabalho e, por serem agora com terras, não teriam suas carteiras de trabalho assinadas, baixando o custo social destes produtores cativos que apropriados, num regime de cantina, fariam o grande boom da economia do Brasil. Esta é a matriz do sistema integrado onde o colono entra com a terra e a multinacional fornece as matrizes na forma de pintos, leitões, alevinos, sementes (fumo, etc), adubos, alimentação, assessoria técnica, financiamento de instalações rurais, capital de giro, etc… O estado quebrado e herdado dos militares, com sua capacidade de investimento impossibilitada entraria somente com o poder de desapropriação social, direito constitucionalmente sufragado pela Nova Demokratura em sua constituição Social de 1988 que copiava a lei 4504, Estatuto da Terra, possibilitando, pelo princípio do Poder Discricionário Administrativo do Estado, através da eleição da esquerda, a inversão do eixo e foco da Reforma Agrária agora dimensionada e adaptada para esta simbiose entre o esquerdismo nacional e o capital externo. O sistema falhou porque o currency board americano, com sistema em alta, fracassou como eu acusei em mais de uma dezena de artigos publicados a partir de 1997 com antecedência, na Gazeta Mercantil, e no Jornal do Comércio. Um deles foi intitulado Guerra das Moedas em 15.07.1998!!!! Ninguém na época tinha visto o furo da bala!!! O sistema estatal da Demokratura pós regime militar, é o mesmo sistema social e estatal social democrata do varguismo e do militarismo, sendo sua única diferença o regime de democracia instituído na parte dogmática da Constituição de 1988 e que, embora tivesse uma Constituição novinha e limpinha, devidamente passada a limpo, sua herança maldita era a sucata do estado varguista e militarista com a extinção total do chamado modelo desenvolvimentista. Se os governos varguistas e militares com seus pibs de 7% ao ano eram os Avôs e Pais Ricos a Demokratura ou Nova Republica é o neto pobre deste sistema sucateado. Assim é que a esquerda herdando da ditadura uma sucata como estado falido não tinha dinheiro em caixa para financiar a chamada reforma agrária que na realidade é uma meia sola capitalista num sistema falido. Usando da teoria de Antonio Gramschi, dos Quadernos, ela alia-se com o internacionalismo globalizante. Assim a esquerda alia-se de forma tácita ao capital internacional contra o legítimo capital nacional não associado aos interesses internacionais, o latifúndio do campo, e num sistema granschista autofágico, pretende a extinção do mesmo através da reforma agrária, retirando poder político, poder econômico e todo o resquício de ameaça ao seu império político desta nova reengenharia internacional. Aliando a sua ideologia de repartição e de luta de classes mais a práxis que tem como cabeça de ponte o MST e chamados movimentos sociais, utilizando-se do entulho autoritário do Estatuto da Terra, Lei 4504|64, invertendo seus vetores, passa a fazer “REFORMA AGRÁRIA” – OU LEA-SE TENTATIVA DE IMPLEMENTAÇÃO DO REGIME INTEGRADO O TOYOTISTA JUST AND TIME – em regiões cujas fronteiras agrárias já estavam estabilizadas, com estradas de escoamento e abastecimento, infra-estrutura, para assim implantar este sistema. O problema é que o sistema de Currency Board em alta, urdido pelos Americanos e por Roberto Mundell, fracassou por inteiro e fiz o seu diagnóstico de morte com antecedências nos anos 90 através do conceito Guerra das Moedas, e assim a Nova República de FHC não teve o socorro das Multinacionais que iriam suprir a carência do estado falido, fornecendo o resto, sejam sementes, implementos, adubos, financiamento, para a implementação do sistema. O Estado entrava só com 10% do investimento que é 10% do que saqueasse dos proprietários e produtores rurais pois, na forma da Constituição, “paga” a desapropriação “social” com TDA – Títulos da Dívida Agrária – resgatáveis em módicos 20 anos. Em suma uma verdadeira expropriação!! O sistema Just and time em funcionamento, que são as companhias como Perdigão, Sadia, Frangosul, etc…esta ultima falida e a penúltima absorvida pela primeira, vivem num sistema vaga=lume condicionadas aos tremores da oscilação do câmbio. O sistema just and time ou taylorista só funcionaria bem se houvesse o acoplamento monetária e a estabilização geral com o exterior seja o lado exógeno da economia globalizada. Se não for assim tem de funcionar como sistema endógeno condicionado as suas oscilações. Assim é que sem conexão monetária, seja a dolarização – pois o dólar é a moeda dominante em que todos os Estados da América Latina, sem exceção – minto a única é Cuba – estão submetidos – inclusive os BRICS, todos eles estão sob o sistema do dólar que é a moeda dominante. Portanto, os americanos agora tentam a implantação do sistema de moeda em baixa com a queda livre do dólar que começou a partir do acordo Plaza. Lula pegou o fim do currency em alta e o comecinho do currency em baixa e por isto teve um respiro, um vácuo, um hiato, do dólar que não coartou o sistema endógeno da política econômica permitindo um certo respiro da mesma. Agora, no governo Dilma, que pegou já, desde o começo o sistema de queda do dólar a economia passou a sofrer o processo amplo de desconexão com perturbação nas áreas de contato com o sistema exógeno havendo interações condicionadas do sistema exógeno, como respostas do governo para o processo de adaptação. Se Lula fez o chamado Cavalo de Pau, que era o aumento ao máximo da Selic, o aumento de 60% do compulsório bancário, diminuição da base circulante monetária, o que adstringiu a oferta monetária fazendo com que o real apreciasse perante o dólar, já Dilma, em função da queda constante do dólar causada pela conjunção de mecanismos exógenos e da valorização endógena do real em razão do primeiro efeito – em face da emissão laxativa de dólares teve de uma razão diretamente inversa e proporcional a de seu antecessor fazer a diminuição ao máximo da Selec, diminuição ao máximo do compulsório bancário, aumento da base circulante, fazendo mais, abrindo as comportas do crédito seja imobiliário, compra de automóveis e eletrodomésticos, estímulos monetários etc Todos estes fatores romperam o continuum monetário ou seja a simetria monetária que legaria os mercados. Assim é que o Mercosul está com problemas, com quedas de negócios entre seus sócios principais, como Argentina e Brasil transformando-se unicamente num artefato político internacional sendo exemplo disto a expulsão do Paraguai porque teria feito o impeachment de Lugo, ou seja, afinado politicamente com Dilma, Lula, Cristina Kierchner, Chavez, Omala Humanta, Correa, Irmãos Castro e Cia, e Evo Morales todos confraternizando na Unasul, artefato ideológico elegido como instrumental de política internacional conforme o geo-estrategista Garcia estabelecido no Planalto. Falhado o sistema de acoplamento e paridade monetária desconectam-se mercados e inicia-se a crise. As multinacionais não puderam vir e o programa de desapropriação rural virou uma sucata que distribuiu e construiu favelas rurais disseminadas pelo território brasileiro, improdutivas e dependentes eternas de investimento a fundo perdido na forma de Pronaf e outros financiamentos combatidos pela OMC que são transferência de renda e subsídios para estas populações emigradas a força das cidades e transportadas para o campo sem tradição nenhuma na agricultura ou pecuária. Esta enorme massa de manobra, verdadeiro exército neo-guerrilheiro, conforme notícias publicadas em jornais acoita guerrilheiros que assaltam bancos e carros fortes e servem como exército de reserva e massa de manobra e proselitismo político para os detentores do poder que avançam gradativamente enquanto esperam o colapso do Estado Dívida que , na pessoa da União, já atingiu a soma de 3 trilhões de reais ou 1,5 trilhões de dólares em dívida interna somada ainda a dívida externa que vai a mais de 300 bilhões em dólares!!!! Une-se esta divida a dos municípios e dos Estados. Este ano de 2013, no início, dez municípios gaúchos já se declararam falidos. O estado do Rio Grande do Sul, que em 1997 tinha uma dívida de 7 bilhões federalizou-a no governo FHC. Pagando diuturnamente a conta que onerava 13% de seu orçamento, hoje, o Estado do Rio Grande do Sul arca com uma dívida de 48 bilhões que inviabiliza o governo e seus investimentos sejam diretos ou de custeio. Os últimos dois governos de Ieda Crusius e de Tarso Genro, obstados de governar em razão da dívida foram obrigados a tirar bilhões de dólares emprestados no exterior. Atualmente o mesmo governo Tarso Genro, na continuidade do arroxo da dívida teve de se valer utilizar os depósitos judiciais, frente ao Poder Judiciário, para pagar suas contas!!! A economia e o real são mantidos através de mecanismos artificiais e monetaristas que sustem uma proporção de 2×1 entre o Real e o Dólar, que é feita através do monitoramento cambial na forma de SWAPS do Banco Central. Esta política manterse-á, como necessidade de sobrevivência do governo, do estado nacional e da nação, estes últimos reféns do governo, até e na medida diretamente proporcional as gorduras auridas ainda no governo Lula, quais sejam as divisas que orçavam mais de 400 bilhões de dólares – Fernando Henrique tinha um colchão somente de 70 bilhões que foram torrados em menos de 2 anos frente aos ataques especulativos mudando no final de seu governo do currency board em alta, ou regime de câmbio fixo para o regime de câmbio “livre”. Conforme notícias contidas no Jornal do Comércio de junho deste ano até junho de 2012 gastamos o valor de 70 bilhões de dólares que saíram do país havendo assim uma inversão na conta das Transações Correntes que são o resumo e soma de todas as saídas do pais. Isto leva crer que cada vez mais rumamos para uma maior escassez de dólares no interior ou no canal de ligação entre o sistema endógeno e o exógeno, é dizer o nacional e o internacional. Assim é que na última semana o governo ou Banco Central teve de gastar a soma absurda de 3 bilhões de dólares para brecar a suba do dólar e manter o câmbio em torno de 2 reais pois com a inversão de saídas e a ausência de dólares no sistema endógeno houve tendência de suba da cotação. O governo que cobrava IOF para desestimular a vinda de capitais especulativos passou a absolver estes capitais do imposto, extinguindo-o neste setor, pensando com isto aumentar o retorno deste capital que o auxiliavam na manutenção do valor do real na casa dos 2 reais por dólar. Neste momento então, com a desconexão monetária em rumo total, somente as assimetrias monetárias consistentes em VANTAGENS COMPARATIVAS como as do AGRONEGÓCIO BRASILEIRO NA FORMA DAS FAZENDAS E ESTÃNCIAS é que paradoxalmente dão a sustentação a economia atual não deixando que o PIB CAIA e suplementando e alimentando, através da mais valia propiciada, que a CIDADE e seu capital rentista, industrial, comercial e do terceiro setor, tenham ainda viabilidade em razão da produção alimentar barata que barateia o salário mínimo pois para alimentar-se – mesmo que esteja caro – comparado com o resto do mundo e os preços da alimentação no mundo – este país é um paraíso em razão das fortes vantagens comparativas de seu agronegócio. O sistema de fazendas foi subjugado num sistema de liberdade total pois retirados os subsídios e com a picana – ou ameaça constante do MST – monitorando-se a produtividade através do INCRA – espada de Dâmocles do governo sobre a propriedade privada – os proprietários do campo tiveram assim de incrementar a produtividade ao máximo financiando-se através dos Bancos Privados, que com este estímulo do governo, conseguiram lucros bilionários pois o Brasil no império da esquerda é o paraíso dos Bancos e o seu governo é para os Bancos – sendo que através do endividamento cada vez maior dos proprietários do campo é que se tem este boom na agricultura que compete com os maiores exportadores do mundo seja EUA ou França em qualquer item agrário. Assim é que ironicamente o LATIFÚNDIO perseguido pela Esquerda, caluniado pela Esquerda é hoje o sustentáculo da economia e da sobrevivência da própria esquerda, que sob o manto da pouca memória do povo e do ser humano, que tem um Alzheimer constante, consegue ludibriar todos posando agora, ao lado do Latifúndio e dos Proprietários Fordistas, como aliados. Aliados passageiros pois quando vier novamente a conexão monetária, que é o que os Estados Unidos estão buscando a longo prazo com sua aliança com a China, novamente voltará o sistema de Desapropriação utilizando-se da Lei Estatuto da Terra, Entulho Autoritário dos Militares, que a esquerda não confessa que usa para seus desígnios. Com a reconexão dos mercados voltará novamente o grito do MST pois atingir-se-á, de forma perfeita, a possibilidade das empresas Multinacionais não ficarem isoladas e ilhadas no espaço nacional conseguindo sinergia através das exportações e conexões com os mercados externos sendo conveniente para governo, sem terras e multinacionais a volta a sua aliança fatídica para extinção e erradicação do sistema Taylorista\Fordista que faz sua grande produção na base de maquinaria e pouca utilização de mão de obra humana o que os esquerdistas, seguindo o atraso chinês, preferem a utilização de operários ainda manuais para os serviços de campo. Eis o retrato de mais um paradoxo do que estamos vivendo que ocorre pela simples desconexão, diga-se de passagem momentânea, que estamos vivendo!!!! Tenho dito!!! (Não escrevo mais para os coevos pois estes não me entendem. Escrevo para a posteridade pois só lá é que terei meu descanso e meu reconhecimento pelo que vi e acusei no meu tempo mas meus coetâneos não conseguiram ver. Imitando meu tio Rivadávia, que me contou que viu um OVNI e contando a este respeito viu que seus semelhantes o tachariam de louco, nunca mais falou no assunto!!! Eu posso escrever a respeito porque meus semelhantes não possuem mais tempo para ler então só curtem e passam sobre o texto pois este é mais um fenômeno do tempo em que vivemos a superficialidade das relações e emoções) Tenho dito!!! TUDO QUE ESCREVI AGORA JÁ TINHA PREVISTO NA TESE APRESENTADA PERANTE O CONGRESSO MUNDIAL DOS AGRARISTAS EM MAIO DE 1998 PERANTE O HOTEL PLAZA SÃO RAFAEL E COM O PATROCÍNIO DO GOVERNO DO ESTADO NA ÉPOCA: http://www.sergioborja.com.br/SITE_ANTIGO_UFRGSS/ECONOMIA%20DE%20ESCALA,%20CUSTOS%20E%20DIREITO%20AGRARIO.pdf