MANTEGA ESTÁ CERTO!!!

MANTEGA ESTÁ CERTO!
Notadamente em meu estado, o Rio Grande do Sul, onde vivemos os extremos e o sectarismo, esta minha afirmação soará como um falta de coerência de minha parte. No Rio Grande do Sul atavicamente ou somos maragatos ou somos chimangos ou somos colorados ou somos gremistas. É uma terra visceralmente e atavicamente dialética onde a luta dos opostos se exercita. É o reino do sectarismo ou da parcialidade exacerbada e militante. Este é o Rio Grande do Sul. Getúlio Vargas, em 1929, instituindo a Aliança Liberal, conseguiu, pela primeira vez unir maragatos e chimangos o que propiciou a Revolução de Trinta. Quando fui pré-candidato ao senado, pelo PDT, me apresentei ao cacique político, nosso caudilho Brizola, com um lenço branco trançado com um lenço vermelho ao pescoço. Tenho a foto que testemunha para todo o sempre, junto aos meus irmãos Carlos Roberto Silva e Bragança, junto com Brizola. Brizola, na churrascaria Schneider, confidenciou-me, ao lado estava sentado o que seria o prefeito de Porto Alegre e, na época, candidato a governador, José Fortunati. Ele me disse: – Sérgio! O que pensas projetado no nó do lenço mesclado entre maragato e chimangos é um ideal, não passa de um sonho e não é possível! Foi este o depoimento de Brizola confidenciado a mim. Eu que sempre sonhei com uma mesotes Aristotélica, ou o meio termo entre os extremos, fiquei chocado com o realismo brizolista manifestado diretamente pelo líder. No entanto, meu cientificismo, próprio da racionalidade arraigada pelo estudo diuturno, pela leitura, pelo cultivo das letras, pelo exercício da razão constante me levam, inexoravelmente, a um outro tipo de alvitre que é a crença na razão e na racionalidade que não deixam se imantar pelas colorações do sentimentalismo, da emocionalidade, da paixão que levam a obnubilação do pensamento racional incidindo em conclusões equivocadas e distorcidas em razão da intervenção do processo emocional. Não ser sectário, no Rio Grande do Sul é um problema pois a lealdade e a hombridade, distorcidas pela cultura gaúcha, sempre se curvam, equivocadamente, a parcialidade que leva a equívocos e omissões na reta razão necessária na aferição dos problemas reais que temos vivenciado. Assim é, que aos que pensam que eu sou, metodicamente anti Mantega, anti Dilma, anti Tombini e anti-Pt, tenho a confidenciar, que sou anti isto ou anti aquilo quando diviso o erro a ser contestado e que, logo que há uma retificação ou que através de atitudes corretas, identifico o acerto, não tenho nada a contestar ou a opor a meu antigo, possível e eventual ex-adverso. Meus inimigos só o são enquanto forem oponentes à reta razão e esta condição se esfuna, imediatamente, na medida da retificação ou da adoção da reta razão a quem eu não tenha nenhum argumento para contestar. Assim, com relação ao Mantega, Tombini e Dilma, com exceção do “time” de suas e sua sintonia fina, com relação a EXPANSÃO DO MEIO CIRCULANTE, em 50% entre maio e outubro do ano de 2012, em contraste com a expansão do FED, autorizada e defendida por Benjamin Bernanke e, agora, recentemente, a expansão violenta japonesa, decidida pelo novo chefe do Banco Central japonês, tenho a firme convicção que eles estão de posse do mesmo direito tanto dos direitos norte-americanos e suas razões, como dos direitos dos japoneses e suas razões. Assim, contrastado com as críticas do jornal Economist e as críticas advindas de quem quer que seja, em relação à Guido Mantega, Dilma como Tombini, tem, em prol da defesa do Brasil e sua soberania, como de seu povo, como nação emergente, creio que o Brasil tem os mesmos direitos das nações mais desenvolvidas de expandir ou estimular o seu meio circulante, em defesa de sua economia. No frigir dos ovos ou em outras palavras fica comprovado pelo paradoxo contido em tudo e resultante do conceito Guerra das Moedas que é necessário, mais do que nunca, que todas as nações sentem-se em mesa redonda para discutir a construção de um sistema monetário mundial com o consequente direito a moeda a ser gozado pela humanidade. Longe disto, de estímulo em estímulo monetário, estaremos condenados a um grande chrash que não está tão distante de nosso tempo atual; Assim é, que a utilização pelas grandes potências do G8, da política monetária expansionista, autoriza, sem sombra de dúvida, pelas nações emergentes, os mesmos mecanismos baseados no direito de igualdade e baseados na sacrossanta soberania nacional dos ainda existentes estados-nacionais. ASSIM, GUIDO MANTEGA, ESTÁ CERTO COM RELAÇÃO ÀS SUAS MANIFETAÇÕES INSERIDAS NA IMPRENSA NAS DATAS DE ONTEM COM RELAÇÃO AOS DIREITOS DO BRASIL DE IMPLEMENTAR A MESMA POLÍTICA DAS POTENCIAS MUNDIAS COMO EUA E JAPÃO.

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