HOMENAGEM DE MEU PRIMO IRMÃO À MINHA CANDIDATURA AVULSA AO SENADO JÁ FALECIDA:
QUOSQUE TANDEM CATILINA ABUTERE
PATIENTIA NOSTRA?
Quatro discursos de Cícero endereçados a um corrupto senador adversário passaram para a história chamados de: “As Catilinárias”, que acabaram se tornando sinônimo de reprimenda com drásticas e duras acusações, tal a abrangência e contundência do que falou.
No caso agora cabe trocar o título, em vez de Catilina, leia-se Factio Política ou Populus Política, isto porque não é o senador romano o objetivo da crônica, sim os partidos políticos brasileiros e seus próceres.
Nada melhor que as sábias palavras de Cícero, como vemos intemporais, para comentar o verdadeiro assalto que o estado brasileiro vem sofrendo desde priscas eras, numa nova e maligna PPPM, parceria público privada do mal, independente de credo político, até ideológico, tornando todos partidos iguais, ao menos muito parecidos.
Como norma não se pode generalizar, pois sempre existe exceção para tudo, em todos eles haverá gente digna, merecedora de todo respeito e também voto, todavia de tão raros são somente a confirmação da regra.
E este assalto falado não se restringe só ao que vai para bolsos indevidos, também abrange o que é mal gasto com elefantes brancos e obras inadequadas, soma talvez maior do que é roubado, sempre de má fé e segundas intenções, por incompetência e burrice também conta, sejam para engordar o caixa dos partidos, sejam para criar oportunidades de desvios em proveito próprio.
Ante a desfaçatez das fajutas defesas dos acusados resta lembrar o dito popular que diz:
– “Jabuti não sobe em árvore, mas se subiu foi por enchente ou mão de gente”.
Dito de outra forma, e assim entendido pelo grosso da população, se houve uma ação, seguramente haverá um autor, pois malas de dinheiro e dólares em paraísos fiscais não são fato normal, como não vieram na enchente, então por eliminação foram trazidas por mãos de gente.
Nos roubam e também ofendem, levam o dinheiro e justificam suas falcatruas com desculpas desrespeitosas a nossa inteligência, quando tem até um pomar particular para justificar tantos “laranjas” que usam.
Única forma de começar a sanar estes desvios é fazer uma renovação das instituições, tanto executivas como legislativas, a todos os níveis, para assim, com uma enchente de votos, ação independente, até a revelia de partidos, eleger governos e parlamentares que o povo precisa e está a exigir.
E, para isso, as redes sociais são decisivas, com uma força imensurável se bem usada, ante a qual aqueles reles minutinhos dos horários políticos gratuitos são uma mixaria, tal a grandeza desta nova forma de divulgação, ensejando assim eleger pessoas certas para o lugar certo.
A tarefa não é fácil, pois os profissionais da política têm profundas raízes firmemente cravadas no solo pátrio, oriundas de uma carreira sempre destinada à perpetuação de sua atuação no meio, consequentemente, defenderão com energia, mais falsas promessas, suas posições.
Uma prova viva e atual disso são as mais variadas tentativas de obstaculizar a Operação Lava Jato, quando o meio age com determinação para “estancar esta sangria”, como assim a definiu um dos ilustres envolvidos. Devendo ser ressaltado a proeminência nacional do personagem, quarto na hierarquia do poder, quando então poderia eventualmente assumir a presidência da república.
Não menos importante ser dito que as ações dos juízes, promotores e polícia federal na investigação falada são totalmente isentas politicamente, exercendo somente suas funções precípuas em nome e mando do estado brasileiro, muitas vezes contrariando o governo de plantão, também influentes e corruptas elites econômicas.
Tanto é assim que já existem condenados a cana de todas as hierarquias político-sociais, desde ex-presidente, passando por governadores, senadores, deputados e até bilionários, coisa impensável até a pouco tempo.
Devo lembrar que uma longa caminhada sempre inicia com o primeiro passo, depois dele muitos outros virão, então o momento agora é começar agir, fechando ouvidos aos profissionais do ramo, que certamente não ficarão inertes, tal o risco que certamente correrão no próximo pleito.
Aos 84 anos, votando sem nunca ter falhado eleição desde 1954, chego ficar corado lembrando da quantidade de enganadores que me passaram a conversa, mesmo caso certamente da grande maioria dos eleitores.
Porém não devemos desistir, perseverar mesmo, pois como disse com sabedoria Chico Xavier:
– “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora um novo fim”. LUIZ ODILON PEREIRA RODRIGUES