DONALD TRUMP E SEU REFORÇO AO BREXIT NA LUTA ENTRE NACIONALISMO E GLOBALIZAÇÃO

O BALÉ DE DONALD TRUMP E O PAS DE DEUX  ENTRE MUNDIALIZAÇÃO E ESTADO NACIONAL NO PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO NO LIBRETO “O BREXIT”

Em 2007 escrevi um artigo emblemático e profético sobre o futuro evolutivo do processo de Guerra das Moedas. As “profecias ou premonições” ali feitas realizaram-se totalmente no futuro.

1 – Crise na Europa com os PIGS e agora o BREXIT;

2 – Crise profunda no Brasil..

A partir da queda do muro de Berlim ou simbolicamente com o fim da guerra fria através do colapso da URSS de Gorbachov, apesar de sua Glasnost e Perestroika, através das  feridas deixadas pela crise econômica advinda da intervenção desta potência na Guerra do Afgnistão, o capital teve a sua possibilidade histórica de uma expansão sistêmica através de vários estados nacionais. Pode-se dizer que há uma relativização nesta expansão pois a China Comunista, com as reformas feitas em seu regime, passou a atrair como um grande buraco negro toda a energia do capital mundializado das Trans Nacionais Corporations. O fim da guerra fria aprimorou mecanismos de garantia de que os regimes autócnes dos estados nacionais não desapropriariam mais os capitais e ativos destas empresas. Assegurados estes mecanismos jurídicos de garantias aos direitos de propriedades dos acionistas e fundos com sede no hemisfério norte, com o direito a remuneração de seus investimentos e o justo retorno dos lucros houve uma sinergia jamais vista na expansão deste capital. Mais e mais a realidade da integração acionada pelos mecanismos de tratados multilaterais concatenados com os tratados regionais e bilaterais estendeu-se como uma grande teia ligando os mercados mundiais e possibilitando a ativação das vantagens comparativas nas produções de insumos básicos, sua importação e exportação, como, da mesma forma, no comércio dos bens agregados produzidos e derivados. Os capitais foram em busca de mão de obra qualificada ou facilmente qualificável e adaptável ao sistema taylorista de produção sistêmica onde os custos de pessoal, impostos, insumos, etc, baixassem o valor do custo inicial potencializando o preço final e obtendo assim alta competitividade. O que houve neste processo foi uma grande transferência de capital e conhecimentos técnicos especializados, com a transferências de plantas industriais que mudaram-se dos países centrais e foram pousar em vários países do mundo e principalmente na Ásia com destaque para a China. A partir deste momento e gradativamente a existência dos Estados Nacionais concebidos dentre a chamada paz da Westphália, que assegurou a igualdade dos estados e de sua existência, independentemente da força de suas soberanias pelo respeito a esta e o brocardo da não interferência fez com que, paulatinamente, pelo processo de globalização dos capitais e das Multinacionais, os Estados Nacionais passassem a bem dizer para um segundo plano pois a Paz Perpétua de Kant era paulatinamente implantada com o processo de harmonização através de tratados restando a arte da guerra, função do Estado Nacional, para casos extremos de coibição de Estados Nacionais que visassem atingir esta harmonia do comércio e circulação global das commodities e produtos. As funções que criaram o Estado Nacional no século XI e XII, como exercício de Jurisdiçâo; exercício de Legislação e inclusive Execução; somados aos de emissão de moeda e outros, foram gradativamente mais e mais enfraquecendo-se e esmaecendo-se ante uma interatividade cada vez maior do efeito da mundialização e seus conceitos.

1 – As moedas nacionais mais e mais foram se desestabilizando tanto com relação aos Déficits do Balanço de Pagamentos, como também com relação aos seus Superavit de Balanço, em razão do princípio da circulação forçada da moeda nacional que prevê a aquisição pelo Banco Central ou órgão existente, o que causa um processo de patologia para os Estados Nacionais em absorver ou prover tanto um como outro fenômeno

2 – Todos os regimes constitucionais regulados seja o do Socialismo Constitucional ou do Constitucionalismo Social passaram a sofrer um processo de aluição ou destruição em razão da alta competitividade das mercadorias oriundas do exterior que passaram a criar um processo de desindustrialização, de desmonte, em razão da falta de competitividade destes regimes sepultados por alta carga tributária; regulação exacerbada que cria um desestímulo total ao emprendendorismo; leis trabalhistas rígidas e ultrapassadas que contrastadas com as externas inexistentes fazem com que as empresas do pais de origem tenham de fechar frente aos produtos similares importados mais baratos e em conta.

3 – Alterações internacionais em razão de desabamento dos estados regulados ditatoriais do norte da África e Oriente Próximo, que foram um a um caindo, como Egito, Líbia, etc, sendo que quando o processo chegou à Siria houve um veto nacionalista da Rússia, em razão dos tratados de áreas e zonas de influência delimitados previamente e celebrados entre EUA e URSS, na guerra fria. Ora, estas populações passaram a migrar violentamente para a Europa e é o processo de verdadeiro assalto que estamos vivenciando agora com a reação nacionalista e racista, que hibernou e manteve-se inerte no genoma dos antigos Estados Nacionais que formaram a União Européia, reascendendo novamente o canto do nacionalismo e da direita com a preservação das tradições e da etnia executando as velhas partituras musicais deste tipo de pensamento que plasmou a formação do Estado Nacional desde o Medievo até a era Moderna cujo clímax de exacerbação foram as duas grandes guerras mundiais do século XX. No Brasil vemos o afluxo de povos da África como do Senegal e povos da América Central como do Haiti. Na Argentina os cabeças negras oriundos da Bolívia, Paraguai e Perú que invadem as calles com seus tonales em Buenos Aires e outras cidades. O mercado se fez livre e também, embora a mobiblidade de pessoas só fosse autorizada legalmente pelo tratado de Maastrich, na Europa, nos demais o processo de globalização acelerou a desregulação e a clandestinidade dos imigrantes que invadem o Canadá, a Austrália e os EUA onde primeiro Clinton e agora Trump, chegaram a edificar muros..que mostram que o substrato de aceitação da diversidade e da convivência etnográfica e cultural, através do multiculturalismo, não tem ainda condições de auto superação para absorver o processo rápido de mundialização que houve e que é, de determinada forma, localizado e galvanizado pela China onde se concentram os maiores investimentos de capital externo no mundo e que segue sendo o maior polo de atração deste capital externo.

4 – Um dos efeitos maiores, previsto no artigo escrito em 2007, Dólar o Portal para o Mercado, foi a saída da Inglaterra da União Européia, através do BREXIT e também possibilidades de rachaduras que se evidenciam no renascimento da direita francesa, através das idéias de Le Pen, que mais e mais reforça e briga pela extinção da moeda euro, que alta como está, beneficia só a Alemanha e um pouco a França, que ultimamente acossada com o processo de transferência e desmonte de sua indústria que migra para lugares na Ásia, começa a mostrar suas escaras e frinchas evidenciado o desgaste causado pela Guerra das Moedas na grande autarquia e Fortaleza que é a União Européia;

5 – O detalhe mais importante e que não foi aventado pela minha pessoa e nem passou pela minha cabeça foi a de uma possível resistência da matriz do dólar, seja, os Estados Unidos da América que agora, liderado por Ronald Trump, assume um discurso eminentemente nacionalista e da volta e regresso do mundo a realidade dos Estados Nacionais com todas as suas idiossincrasias específicas de culto as etnias, língua, cultura, raça, em detrimento do processo de harmonização e aceleração do mercado mundial com integração absoluta entre Estados Nacionais e com a relativização de suas soberanias frente ao processo de mundialização;

6 – Constata-se que a mundialização ou globalização não é só a sinergia de alastramento sistêmico de um localismo ou uma cultura, a anglo-saxã, através da transformação da língua inglesa e sua internacionalização e ferramenta de comunicação mundial assim como de sua moeda que domina 78% de solvência do comércio mundial, da sua tecnologia através da expansão da camada de infovia e estabelecimento de redes sociais albergadas em novos softers que criam modificações de costumes em todo o mundo num processo de interação individual e coletivo que desafiando Jurgüem Habermas ultrapassa sua visão na obra A MUDANÇA ESTRUTURAL DA ESFERA PÚBLICA pois passa a impactar sobre o último sobrevivente de justificação do Estado Nacional e seu Direito, através do impacto direto sobre seu sistema de Representação Política que, conforme vários tratadistas, como Justi Tavares e Karl Loewenstein, o constitucionalista, que estudam as mútuas interações e fenômenos advindos do sistema partidário, eleitoral e político com a existência dos três poderes ou melhor dizendo, das três funções do Poder, legislativo, executivo e juridiário; Interações estas cujos fenômenos espocam por todo o mundo passando mais e mais a serem judicializadas na distância de anos luz do que pensa o Povo Soberano sobre tudo.

         Assim é que tudo o que temos assistido, após a eleição de Ronald Trump é o balizamento e a demarcação para uma zona de retrocesso no processo de globalização em razão, além dos problemas patológicos e genéticos da formação do estado nacional que remetem a um comportamento tribal muito bem descrito por Karl Schmitt projetado na visão do Inimigo. Como dizia, os americanos impulsionados não pelo altruísmo das ideias do presidente Wilson mas sim, com base na ganância e busca pelo lucro máximo foram aterrissar na China e, paradoxalmente, construíram através de sua visão de globalização o mundialização, não a projeção mundial e disseminada de sua língua, moeda e tecnologia mas também uma localização paradoxal que é o aporte num único estado nacional, a China, todo o capital, conhecimento técnico, transferência de tecnologia, que com eles transferiu também poder e empregos, emagrecendo as potências tradicionais frente ao surgimento de um gigante incontrolável e que demonstra não possuir nada de altruísmo quando avança paulatinamente seus olhos e seu poder sobre suas antigas posses como a ilha de Formosa e as ilhas japonesas já tendo avançado sobre Hong Kong e Macau e que, cada vez mais, com sua fortificação arma-se mais e mais ao mesmo tempo que captura antigos satélites e zonas de influência, com mercados consumidores e áreas produtoras de matérias primas como comida e energia e minérios vendendo suas quinquilharias tecnológicas, com selos das grifes europeias e americanas, no entanto todas fabricadas na China.

         Constato que em um mês da posse de Trump que a China tem um grande aliado que é o capital internacional Globalizado que não quer ser mais americano, francês ou inglês, ou seja o que for e, não se importa com os problemas do Estado Nacional, seja o desemprego, a desindustrialização, etc..pois o que importa são os mercados que devem ser otimizados e integralizados sendo o suporte maior disto a base no planeta China que fornece uma mão de obra de 800.000.000 de obreiros que é maior que a população de qualquer uma destas antigas potências sobrepujadas em seu nacionalismo pela gula dos negócios e do lucro que sempre odiaram as fronteiras e o Estado Nacional, seu aliado ocasional para ser utilizado em guerras de mercados na antiguidade que assenhorassem seus mercados e o comércio de suas commodities. Assim é que Donald Trump se vê com uma oposição em seu país e em todo o mundo através da opinião de consumidores cuja crítica e julgamento é estabelecido da mesma forma pela ótica do establischment do Quarto Poder, ainda não constitucionalizado, como sonhou George Orwell criticando a sua possibilidade. Assim é que Trump vence e vencerá unido ao nacionalismo inglês que em compasso de espera aguarda sua reação para sedimentar e formalizar a vitória das urnas na Inglaterra, fazendo do BREXIT dos ingleses insulares o início do BREXIT internacional que é um retrocesso a política de estados nacionais com uma recaída nos discursos que preenchem a imaginação nos velhos nacionalismos que tem sua justificativa na perda dos empregos, na invasão dos imigrantes de língua e crenças estranhas; enfim no retorno do tribalismo das guerras. Ou Trump , ao contrário, sofre um processo de Impechment perdendo sua sustentação política e será golpeado e apeado do poder , sendo assim vencido o nacionalismo americano restando a Inglaterra reposicionar-se perante a Europa, voltando atrás no Brexit, ou, como ensina a História, o método informal abate literalmente Trump, como foram abatidos à bala vários presidentes americanos sendo o último deles Kennedy. Quem viver verá: Nesta dança de balé TRUMP E UMA VOLTA AO NACIONALISMO OU A VITÓRIA DAS MULTINACIONAIS E O ESMAECIMENTO DO ESTADO NACIONAL ATRAVÉS DA SUA DILUIÇÃO NUM PROCESSO INTERATIVO DE GLOBALIZAÇÃO E MUNDIALIZAÇÃO. Resta a problemática: Será que a China mundializar-se-á ou manterá o seu nacionalismo, como mantém, simplesmente usando e lucrando com as MULTINACIONAIS que não pensam em termos de estratégia ou jogos de sistemas mas num jogo integrado de não sistema ou sistema único e hegemônico do Capital e não de qualquer agência de Poder nominada Estado Nacional seja ela legitimada em nome do Povo Soberano, seja ela legitimada em nome de uma Oligarquia e Estamento de Funcionários de um Capitalismo de Estado, ou mesmo na forma antiga e simplificada do Poder Originário autojustificado como é o do imperador da Coréia do Norte.  Quem viver verá!!!!!Olhe que as Transnacionais e Multinacionais passaram pelo processo de evolução em que se associam de forma indébita e criminosa com o Estado Nacional transfigurando o poder do povo no poder econômico que passa a determinar o que se consome, o que se vê e qual o prazer do momento ou do futuro e também o que se pensa e quais as doenças e os remédios a serem consumidos e as alimentações adotadas ou banidas….é um poder incrível que Trump o último presidente americano resolveu enfrentar e investir contra…sobreviverá?!! Sobreviveremos a tudo isto?! O Planeta sobreviverá a estes impactos??? …a discussão é incrível ….if…if…if……           19.02.2017

MEU ARTIGO DE 2007 SOBRE O DÓLAR

DÓLAR: O PORTAL PARA O MERCADO A aparente fraqueza do dólar é a sua real força. Vários artigos acadêmicos embasados nos vários déficits americanos e encorajados pelos índices comparativos entre várias moedas vaticinam vários cenários alternativos para a persistente queda do dólar. Estes cenários vão desde a visão catastrófica do crash total, passam por um esboço de looping, em que o dólar terá uma tendência descendente até 2014, quando a partir deste patamar começará novamente a se aprumar e, outros, que apesar dos sinais persistem em considerar que nada mudou e que o dólar ainda é, como sempre foi, um dos fundamentos da política internacional de comércio. Todos estes pensamentos não estão totalmente errados porque o dólar é como o caminhar de um ser humano. O andar do ser humano é um processo de sucessão de desequilíbrios que medeiam entre os vários equilíbrios que separam as margens da sucessão de pequenos saltos que buscam a estabilidade através de intermitentes desestabilizações. O pleonástico “cair um tombo” é uma possibilidade como também o é vencer a corrida de cem metros rasos, ou o agradável passeio até um Shopping-Center. Observando a dança das moedas neste verdadeiro jogo de xadrez internacional da oscilação dos vários currencys podemos concluir, sem sobra de dúvida, que a aparente fraqueza do dólar é a sua real força. O xeque mate ao rei não se dará através da rainha mais do verdadeiro cavalo de tróia que é o dólar pois ele traz no seu ventre os vetores intrínsecos do sistema liberal. Poderemos afirmar isto debruçando-nos sobre o balé do realinhamento das forças internacionais em torno das moedas. A União Européia cada vez mais se consolida atraindo novos países do leste europeu e possivelmente da Escandinávia, para a formação de um macro estado “pós-nacional” sob a batuta do euro. O euro, por seus fundamentos é lastreado no Pib e sob um rígido controle inflacionário estabelece a circulação da riqueza numa verdadeira autarquia econômica: a auto-suficiente Europa. A maior parte do comércio internacional da União Européia é feita entre os próprios estados que a compõem. Assim, a União Européia, numa escala integrativa jamais vista, possui o pleno dom da simbiose perfeita. Integra países altamente desenvolvidos com outros minimamente desenvolvidos aglutinando, reciprocamente, as vantagens comparativas diversificadas deste variegado comércio. Ora, o mundo externo, além das muralhas pretensamente inexpugnáveis deste mega-global-trader está, praticamente alinhado ao dólar sendo que esta aliança se torna mais evidente através do fenômeno do estacionamento – parking – dos seus excedentes comerciais nos verdadeiros parceiros/reféns (China detém mais de um trilhão de dólares em reserva; o Brasil mais de 120 bilhões, a Rússia, o Japão, etc…). Assim é que este efeito parking enxuga o meio circulante em dólar, altamente inflacionado, não detendo, no entanto o efeito da constante desvalorização do dólar causado pelos fundamentos de todo o déficit americano (balanço de pagamento + déficit público + déficit imobiliário + déficit privado + déficit previdenciário + etc). O problema do dólar, mais do que um problema americano, passa a ser um problema das demais nações. Das que acompanham o dólar por estar com ele atreladas e da que não acompanha o dólar: a União Européia. Esta última, além de poder importar tudo muito mais barato sofrerá a tendência inevitável de ser a maior exportadora de capital como jamais se viu. Buscará comprar o controle acionário de empresas que estejam dentro da zona do dólar em razão da oferta barata destes ativos. No longo prazo, se gradativamente o dólar não reagir, através deste processo a Europa passará a sentir o seu alto custo social (sua política trabalhista e previdenciária) e um processo de deflação que conduzirão necessariamente a um futuro alinhamento com o dólar sob pena de se precipitar na maior crise social pois a Europa terá a sua cidadela, numa escala maior, semelhante ao problema do Brasil sob o plano Real I, de FHC, acossada sob o sobrevalorização do euro sobre o dólar. O problema monetário é semelhante ao efeito causado na física por dois corpos vizinhos e com temperaturas diversas. A tendência é a troca de energia, que levará ao equilíbrio térmico dos dois sistemas. Na outra banda do problema, os países alinhados com o dólar, entre os quais o Brasil, (está casado em comunhão de bens através do pacto antenupcial e fiduciário por conta da detenção de U$120 bilhões) deverão sofrer um verdadeiro “efeito chupa-cabra” na capacidade de investimento estatal, que será tragada de vez pelo investimento na compra de ativos em dólar e pelo processo gradativo e constante, por efeito do mercado, de flexibilização do trabalho, privatização do seguro social, enxugamento do Estado Nacional e todos os possíveis efeitos que levarão a implantação do Mercado Total nos termos das premissas Liberais Ortodoxas. Deste destino não escapará nem a atual cidadela da União Européia. Sob o assédio da desoneração social, sem capacidade competitiva e em razão da migração de seus capitais, ela será forçada a capitular perante o aríete invencível do cavalo de tróia do dólar que implantará, através deste portal, o mercado total, tanto aqui, como acolá e inclusive lá. PROF. SÉRGIO BORJA – 57 ANOS – PROFESSOR DE CIÊNCIA POLÍTICA NA PUC/RS http://www.sergioborja.com.br/ 051 98083706

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