GUERRA DAS MOEDAS E A QUEDA DO VALOR DAS COMMODITIES E INÍCIO DA ATERRISAGEM CHINESA!!
Recentemente vimos que a China mais uma vez, para debelar o início de uma crise, que começa por um processo de queda percentual de seu PIB, rebaixa mais uma vez o yuan. Eu sempre disse que a GUERRA DAS MOEDAS, conceito que inventei em 15.07.1980, antes de um chinês de 2007 e de um inglês em 2010, acabaria quando a China por incorporar um grande desenvolvimento sofreria um processo inexorável no tempo de tendência a uma democratização. Com base neste vetor eu via unicamente a saída para o estancamento ou o cessar da possibilidade do rebaixamento de sua moeda frente ao dólar e a um cesto de moedas internacionais o que lhe daria sempre, pela conjunção de dumping social e dumping monetária a extrema competitividade perante a produção em qualquer latitude do planeta. No entanto, observando os fatos constatei, além deste item relevante, o dado que afoitamente não percebi que a China tem uma possibilidade incrível e elástica de utilizar-se de sua MAIS VALIA conceito descoberto e elucidado por Karl Marx em sua obra O Capital. O conceito de forma singela mostra que um operário tem um determinado custo de sobrevivência em que os elementos principais são sua alimentação e moradia. Quanto mais baixo forem os valores para suprir estas necessidades básicas e, na proporção de se manterem esta sobrevivência ótima com saúde e um determinado nível de bem estar, o salário ou remuneração teria um custo baixo na relação diretamente proporcional aquelas suas anteriores determinantes. Ora, a China tem um contingente de operários e trabalhadores que certamente ultrapassam mais de um (1) bilhão de pessoas operosas e, em sendo assim, numa forma de mutualismo coletivo esta MAIS VALIA se expressa num número de igual forma estratosférico possibilitando assim, para futuro, como vimos agora, que sempre que o dólar, de forma exógena (internacionalmente) chegar mais perto do yuan, forçando as demais moedas a se desvalorizarem com ele para não ficarem isoladas perdendo a competitividade, da mesma forma, e na proporção da queda destas moedas o governo chinês, pode, se for este seu alvitre a fim de manter as exportações chinesas com competitividade, dentro da elasticidade de uma mais valia bilionária, fazer com que o yuan baixe sem que haja, do ponto de vista de um universo total, uma afetação muito grande sobre o descenso do seu PIB. Ora, no entanto, pensando sobre a realidade econômica e a interação entre as moedas das outras nações sobre o processo do rochedo e o mar, seja, do dólar e o yuan, podemos constatar que o limite deste sistema não é a elasticidade concessiva contida na MAIS VALIA chinesa a possibitar a desvalorização de sua moeda nacional, mas, na realidade, ao inverso, a possibilidade do PIB do mundo exterior a China, isto é os emergentes e países de primeiro mundo, aguentarem a complacência da MAIS VALIA chinesa. Sim, pois a necessidade de desvalorização das moedas nacionais faz com que, por sua vez, ocorra uma desvalorização violenta de seus produtos de exportação mormente produtos de baixo ou nenhum valor agregado, commodities como minérios, ferro, petróleo, e outros assemelhados ou produtos agrícolas como trigo, arroz, soja, milho, café, tabaco, etc, que sofreram a baixa e deste modo causaram a perda do PIB de seus países produtores, para que assim através do rebaixamento de suas moedas pudessem enfrentar o processo de incremento de importação pela possível valorização de suas moedas ante o valor do dólar. Assim rebaixando suas moedas adquirem melhor competitividade para exportar mas ao mesmo tempo vão contraindo seu PIB que em dólares se rebaixa ao mesmo tempo que também perdem sua MAIS VALIA interna pela pressão das exportações que drenam seus recursos para o exterior e também pelo encarecimento de uma série de insumos que são importados para sua produção interna. Ora, todo este processo vai levando a uma desorganização e a um processo de inflação interna que vai se refletindo num processo de crise social e por reflexo em crises políticas que desestabilizam as nações. Por outro lado, o fornecimento de commodities mais baratas, adquiridas em grande parte pela China, faz com que sua MAIS VALIA se perde pelo desvalorizar de sua moeda por outro lado ganhe em razão da compra de commodities cada vez mais baratas no mercado externo o que continua a potencializar a sua competitividade externa e mesmo de sua produtividade que começa cada vez mais a aumentar e bombardear as demais nações com suas vendas externas o que culmina por um processo de SATURAÇÃO pois as nações externas à China baixaram suas moedas para exportar mais mas causaram uma crise interna inflacionária e por isto o desmonte de sua economia interna que embobrecida não pode mais comprar mercadorias chinesas, mesmo sendo baratas, pois chegaram a um limite em sua capacidade de compra que se aproxima daquele conceito de UTILIDADE MARGINAL. Isto é assim como uma pessoa não pode consumir mais comidas e bebidas além do que a sua capacidade corpórea de consumir sendo que o que for a mais é desprezível. Da mesma forma em nível macro passa a haver um processo de nivelamento por baixo do consumo da importação das nações externas a China e pressionadas pela sua competitividade na forma de dumping social somada ao dumping monetário e agora a um dumping de MAIS VALIA COMPLASCENTE TURBINADA PELA QUEDA DAS COMMODITIES CAUSADA PELO SEU EFEITO ARIETE SOBRE AS NAÇÕES EXTERNAS, que hoje estão esgotadas e, e por tabela ou por indução, levarão da mesma forma a China a arrefecer sua produção, sob pena de aumentar num nível astronômico seus estoques impossibilitados de circulação por estancamento do mercado mundial causado por todo o fenômeno interativo entre estes dois sistemas. Assim é que necessariamente teremos uma queda cada vez maior do PIB chinês em razão não só das razões que eu colocava, como o início de um processo de conscientização democrático que redundaria num processo de ganhos laborais pelos operários chineses, cujo fenômeno ainda é mantido estanque o sob o controle do estamento ditatorial de controle, em razão da MAIS VALIA COMPLASCENTE CHINESA mas que, não por estes fenômenos internos, de forma direta, mas mais pelo fator de esgotamento externo das nações que comerciam com a China e que bombardeadas pela sua mais valia, sua competitividade que se projeta através dos dumpings cambial e social (trabalhista previdenciário) chegaram a uma capacidade de esgotamento que levará ao aniquilamento de TODOS OS SISTEMAS REGULADOS DO PLANETA. Nesta ordem a globalização com estas características aniquilou todos os países totalitários isto é estatizantes totais como eram os regimes comunistas, com a queda da URSS e de todos os seus aliados, inclusive com as quedas no norte da Àfrica. Da mesma forma, todas as Sociais Democracias sofreram este processo tendendo a uma desmontagem e colapso como já estamos vendo na União Européia, onde o Euro mantido muito mais alto que o Dólar – a uns anos atrás colapsou todos os PiGS, sendo mais emblemático neste sentido o caso da Grécia. Os PIGS , Portugal, Itália, Grécia e Espanha fazem parte da Europa e esta é liderada pela ditadura monetária da França – que sente mais a crise e da Alemanha, que embora uma potência incrível, pelo valor dos estouros das bolhas dos Pigs, também começa a sentir o rescaldo da tempestade mundial. Assim é que as sociais democracias além das muralhas da Europa unida, sem tem a Alemanha e a França para financiar e aguentar suas crises, com o esgotamento de suas exportações e a queda do valor de suas commodities tenderam cada vez mais para uma crise que fará desaparecer estes regimes constitucionais. O caso do Brasil é emblemático pois possui um bloco de constitucionalidade que vem desde 1930 e que passou pelo tenentismo do cedo Getúlio Vargas e o tenentismo do tarde, os governos militares, que não alteraram uma vírgula sequer daquele regime iniciado em 1930 que preconizava um estado nacionalista e democrata social ou um sistema jurídico constitucional que é uma meia estação ou um meio termo entre o Comunismo e o Capitalismo. Assim é, que soçobrada a nave Comuno\socialista nos fins do século XX agora, nas duas primeiras dezenas do século XXI começará a implosão da possibilidade destes regimes sócias democratas na América Latina e em outras plagas por força do fenômeno Guerra das Moedas colocada na metáfora monetária entre o Rochedo, o dólar e o mar, o Yuan!!! Assim é que para que estas nações voltem a ter competitividade necessitam de profundas reformas constitucionais que lhes atribuam outras vestimentas retirando seus custos em impostos em demasia que visam custear um Estado Mastodôntico e ineficiente que frente a sua regulação e custo cada vez mais alarga a existência de uma zona de informalidade em seu interior que levará fatalmente a implosão destes regimes. Eu já previ em artigos anteriores a queda de todos os sistemas cognominados como repúblicas bolivarianistas que nada mais são do que uma RESISTÊNCIA de âmbito e ideologias comuno\socialistas altamente populistas que, sem aporte intelectual e filosófico mais profundo, para entenderem o sistema econômico mundial que condiciona a atividade de seus países, miram suas bazucas e canhões ideológicos para miragens e paranoias do passado pois, entre as sombras e o grande fog produzido pelo embate chino americano monetário, que dá sinergia ao processo de globalização dos grandes oligopólios que passam a superar os estados nacionais, não tendo consciência total deste processo levam seus países à ruina pelo implemento de políticas pseudo-keynesianistas ou desenvolvimentistas, através de um populismo clientelista de manutenção do poder, que acelera ainda mais o processo econômico de sua desestabilização e de sua crucificação e extinção frente a evolução incrível do sistema mundial de moeda, comércio e produção em escala jamais vista no planeta. Tenho dito!!!o