A IMIGRAÇÃO MASSIVA GAÚCHA PARA SANTA CATARINA

A IMIGRAÇÃO GAÚCHA MASSIVA PARA SANTA CARARINA! Nestes poucos dias que estou na terra originária paterna constatei a mudança de parâmetros absoluta, em termos sociológicos que refletem-se em termos econômicos, do tratamento antigamente depressivo e preconceituoso dos gaúchos em relação aos catarinenses! O Rio Grande era além de uma Sociedade Civil Rica também um Estado Rico. Esta relação está se modificando pois o Estado do Rio Grande do Sul, pelo perfil de seu individamento oriundo da Lei Kandir, que isenta suas exportações e oriundo, sobremaneira de um pacto federativo em que coloca o Estado como remetente de impostos à federação custeando os deficitários norte e nordeste fazendo com que o aparelho estatal tenha um processo de implosão sobre a economia da sua Sociedade Civil, asfixiando o seu crescimento através do crescimento de seus impostos que aumentando mais e mais banem o seu desenvolvimento e matam o surgimento de micros, pequenas e médias empresas em seu território detetizando as antigas pelo mesmo processo! Nota-se isto na industria de distribuição energética de combustivel que está na cadeia inicial de induzimento do crescimento através das veias de produção que são as estradas. Deixei para abastecer e encher o tanque logo que passasse o Mampituba pois o preço do combustível gasolina, etanol ou diesel caem mais de um terço com relação ao preço na bomba tudo por efeito dos impostos estaduais de uma ou outra unidade federativa sendo em Santa, logicamente, mais em conta. Assim é que o Rio Grande do Sul entrou em decadência conservando ainda sua vantagem comparativa unicamente no AGRONEGÓCIO mas não nas cidades. Santa Catarina pelo contrário com um modelo diferente de economia não possui, de forma dominante, as plantations do método fordista ou taylorista de produção sistemática com muita maquinização pouca mão de obra em grandes e médias propriedades que são as fazendas e estâncias. Em Santa Catarina vige o sistema de campo dominante Just and Time ou Toyotista, um sistema de produção integrado tipo Perdigão Sadia onde uma grande empresa fornece matrizes pintos, peixes, perus, leitões, etc e um agregado de pequenos colonos e micro propriedades, sem CTPS assinados porque proprietários, criam e desenvolvem estes insumos por poucos meses repassando à indústria o produto de seu trabalho, o engorde e o acabamento de matrizes prontas para abate, com custo mais baixo, que também cria vantagens comparativas maiores gerando exportação e uma matriz de impostos grande em razão da grande escala e cinética acelerada do movimento negocial! Assim é que ecologicamente houve uma inversão migratória entre estes dois estados. Antigamente e ainda hoje o simbolo dos vencedores no estado sulino gaúcho era comprar e vereanear nas cidades e praias de uma orla que se projeta do Passo de Torres e vai até Barra do Embaú, Garopaba, Pinheira, Rosa, Embatuba etc..Hoje esta relação inverteu-se pois a geração de gaúchos do passado, velhos surfistas são os autores de heranças e seus filhos não tem nem mais o poder de comprar suas casas de veraneios cujos pontos são vendidos transformando casas de veraneio em edificios que são vendidos para a classe rica do interior Catarinense, desde Chapecó, que enricados invadem o litoral fazendo um boom do norte ao sul em cidades que são novas copacabanas à beira mar!!! Itapema e o fenomeno de Camboriú, como se fosse uma Dubai ou Ciudad Panamá, com seus arranhas céus não me deixam errar! O incrível é a nova imigração de gaúchos não como vencedores e adquirentes de bens na beira mar de Floripa e outras cidades mas como mera mão de obra barata na pele de jovens de 18 ate 40 anos que vi em todas empresas que compareci nestes dias. Atendentes em postos de gasolina, nas lojas dos postos, em sorveterias nas farmácias , nos restaurantes, tabacarias, bancos, bares, cinemas enfim naquelas micro e pequenas médias empresas cuja teia cria à sustentação do varejo que transita para o atacado e leva até sua raiz, as indústrias!!! Sumiram os manezinhos dos balcões e alçados à gerencias sendo que os gaúchos hoje ocupam os balcões oriundos destas microcidades do norte gaúcho mas também encontrando-se imigrantes de cidades do sul como Bagé, Pelotas, Uruguaiana, etc…não são milhares, já são milhões de gaúchos jovens que buscam aqui neste primeiro mundo, sim primeiro mundo, uma forma de comecar à vencer pois não vi em nenhum lugar do Brasil, com exceção de São Paulo e Minas Gerais um tal e real poder econômico à expandir sua fome de progresso pelos braços e vontades de uma milionária cadeia migratória de tantos gaúchos jovens! Assistimos uma mudança de parâmetros sociológicos e econômicos total!!! Meu pai, catarina da gema, deve estar feliz em seu túmulo! Minha irmã já voltou para cá tendo nascido no Alegrete e eu, com este clima daqui e o nível de IDH mais alto do Brasil, senão mudo, já ando pensando ter um pequeno apartamento por aqui e não no Rio ou São Paulo mas no charm de Floripa!!! É só arrumar o trânsito por aqui, desarranjo do franco progresso, que tudo fica na Santa Paz de Deus!!!!


country-club-agronmica dec. 1980

A CULPA INICIAL DE GUERRA DAS MOEDAS NO SISTEMA DE DOLARIZACAO É O DÓLAR E OS AMERICANOS!

O PRESIDENTE FUNDADOR DO MERCOSUR RAUL ALFONSÍN E O PROF SÉRGIO BORJA EM LA PLATA !!!

O PRESIDENTE FUNDADOR DO MERCOSUR RAUL ALFONSÍN E O PROF SÉRGIO BORJA EM LA PLATA !!!

IMG-20181112-WA0047ROBERT MUNDELL ELUCIDOU EM EQUAÇÃO ESBOÇADA EM SEU ARTIGO BÁSICO QUE A CULPA PELA INDUÇÃO DE ” GIERRA DAS MOEDAS”  É CAUSADA PELA EMISSÃO INFLACIONÁRIA DE DÓLARES DE FORMA IRRESPONSÁVEL QUE DESTROÇA À ECONOMIA DOS DEMAIS PAÍSES CAPTADOS PELA LEI GRAVITACIONAL DO SISTEMA DO DÓLAR.  NINGUÉM SE ANIMA À DIZER QUE A INFLAÇÃO AMERICANA DE EMISSÃO DE DÓLAR TRANSFERIDA PARA O CHINÊS E QUE VEM DE BANDEJA E COM AS EXPORTAÇÕES NOS FAZ EMITIR MOEDA PARA COMPRAR O DOLAR DOS IMPORTADORAS CHINESA !!!!! ESTE É O MECANISMO QUE ROBERT MUNDELL , PRÊMIO NOBEL DE ECONOMIA DESCOBRIU MAS QUE NENHUM ECONOMISTA APLICA OU SABE APLICAR A EQUAÇÃO E ELUCIDAR COM CLAREZA QUAL O FENÔMENO! AS EMISSÕES ARGENTINA E BRASILEIRA SÃO INDUZIDAS PELAS COMPRAS DA CHINA COM DÓLAR INFLACIONADO E EMITIDO PELOS AMERICANOS!! OS AMERICANOS INDUZEM COM SUA INFLAÇÃO TRILHONÁRIA DE DÓLARES QUE FUGA DO TERRITÓRIO AMERICANO EM RAZÃO DO SEU ALTO PODER DE CAPILARIDADE NÃO FAZENDO MAL AOS AMERICANOS MAS INDO DESTRUIR AS MOEDAS E OS EQUILIBRIOS ENDOGENOS DOS PAÍSES ACOPLADOS AO SISTEMA DO DÓLAR!!! EIS O FURO DA BALA QUE MUNDELL DEMONSTROU NUM MODELO ANÔNIMO MAS QUE NA REALIDADE PODE SER APLICADO AO SISTEMA EUA CHINA E DEPOIS ARGENTINA E BRASIL RECEBENDO O ROJÃO….AS MOEDAS NACIONAIS CADA VEZ CAEM MAIS E MAIS  NECESSITA SE EMITIR PARA PAGAR O BOMBARDEIO DE DÓLARES QUE DESTROEM AS ECONOMIAS DE SEUS SATÉLITES SAQUEANDO SUAS COMMODITIES E PRODUTOS QUE SÃO TROCADOS POR PAPEL AMERICANO SEM VALOR ….

MERCOSUL: AS MIOPIAS DE GUEDES & ERNESTO ARAÚJO

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Conforme matéria publicada e assinada pelo jornalista Rodrigo Lopes, em ZH de 28 do corrente está em estudo no Ministério da Fazenda, em conjunto com o Itamaraty, a possível saída do Brasil do Mercosul. Este tratado data de 1989, quando os Presidentes Alfonsín e José Sarney, assinaram em Assunção a convenção marco. A América Latina, como dizia Eduardo Galeano, foi sempre “um arquipélago de países desconectados entre si”. Para alterar esta situação é que ao longo de dezenas de anos de esforço diplomático construiu-se a ALALC nos anos 60\70, ALADI Associação Latino-Americana de Integração nos anos 80  à que se seguiram as ampliações regionalistas em que se enquadra o MERCOSUL. Este modelo de integração regional segue o modelo geral criado em 1944 na reunião realizada em Bretton Woods, definindo o sistema de multilateralismo internacional que definiu o sistema de gerenciamento econômico mundial, a fim de evitar as guerras entre as nações, criando uma série de instituições e reticulados como o GATT, à que se seguiu a OMC, o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional, etc.. O sistema de Bretton Woods estabeleceu o dólar, com o consequente lastro ouro, como moeda internacional que assumiu de lá até aqui, 70% das operações e liquidações de negócios internacionais tornando-se uma grife monetária sem contestação até o ano de 1961, quando o economista belga Robert Triffin apresentou ao mundo o que foi cognominado por dilema de Triffin, seja, o dólar americano, para acompanhar a expansão dos negócios mundiais teria de realizar este périplo através dos sucessivos débitos e déficits americanos que se distanciavam mais e mais do lastro ouro. É notória a contenda pública entre o general De Gaulle, nesta época, contra os americanos. Em 1993 surgiu uma obra referencial assinada por Paul Volker, ex-Presidente do FED americano e por Toyoo Gyohten, “A Nova Ordem Econômica” que, por seus fundamentos, ali analisados, colocavam em cheque a estrutura monetária do sistema urdido em Bretton Woods com a cooperação dos grandes economistas da época, sir Maynard Keynes e Dexter White. Sim, para estes grandes CEOS do sistema monetário internacional o sistema de Bretton Woods se desintegrara passando a ser um “não sistema” kafkaniano que criava mais e mais problemas através do incremento da dÍvida pública mundial dos estados nacionais. No ano de 1993, por iniciativa do Diretor da Faculdade de Direito da PUCRS eu fui convidado a atuar como debatedor num seminário da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência falando sobre Mercosul. O conferencista principal adoeceu e tive que substituí-lo sendo assim que ingressei num périplo de mais de 15 anos estudando o regionalismo, o multilateralismo e as moedas. Foram produzidas, nesta época, as obras “Mercosul – A Luta pela União Latino-Americana e, ainda em forma de artigos jornalísticos, tive o pioneirismo no mundo de escrever o artigo intitulado Guerra das Moedas em 15.07.1998 auge do plano Real de FHC. Recentemente, antes da queda de toda a esquerda no cone sul americano fui à La Plata, capital da Província de Buenos Aires, cidade universitária onde se situa o Instituto de Integração Latino-Americana, e à convite da sua diretora fiz conferência magistral vaticinando a queda daqueles regimes e suas razões, argumentos estes públicos que ficaram registrados no Livro de Ponências daquele Congresso e agora vieram publicados no Livro Guerra das Moedas na sua página 66,  lançado este ano na Feira do Livro de Porto Alegre. Ora, a argumentação colocada ali na obra, com antecipação, como se fosse um oráculo advindo das consequências de minha teoria Guerra das Moedas, estraçalhava a economia dos governos esquerdistas mas também atingiria os governos que os sucedessem, independentemente de ideologias, pois a ideologia ou a super-estrutura jurídica constitucional, criada num bloco histórico social democrata, é que criava e agravava o “custo não só do Brasil, mas latino-americano com agravantes de persistência, mesmo tomadas as devidas providências para rebaixamento deste custo, pela atuação das equações de Robert Mundell, em sua teoria, que é o impacto da exportação da inflação americana aos sistemas conexos e também pela concomitância de uma outra equação econômica desenhada pelo célebre economista Raul Prebisch que é a atuação CENTRO\PERIFERIA em que a China, antiga periferia transformando-se em Centro passa a captar sobre seu poder gravitacional emergente toda a economia latino-americana e à molda-la condicionando-a à mero fornecedor de commodities alimentares em troca da destruição de sua indústria nascente. Assim é que a chamada crise de desemprego, desinvestimento, alimentada pela internalização ideológica do perigo comuno socialista, continuará desestruturando qualquer governo que não seja da sua mesma jaez. O MERCOSUL conectou as nações latinas antes um arquipélago com um negócio que já chegou orçar 22 bilhões de dólares assim não deveria o governo latir como Trump tentando blefar mas isto sim liderar uma alternativa conjunta e enfrentar, como os Estados Unidos enfrenta à China, pois unidos, Argentina, Paraguai, Uruguai e Brasil e o resto do Mercosul, nossa produção agrária e seu volume exportado para a China é suficiente em escala para conseguirmos, unidos, exigir ou taxar  suas mercadorias manufaturadas que destroem nossas indústrias causando a crise de desemprego nas cidades.
Sérgio Borja     autor dos livros Mercosul e autor pioneiro de Guerra das Moedas      28.11.2019
Professor aposentado de Direito da UFRGS, PUCRS E UNISINOS
Cadeira 22 da Academia Rio-Grandense de Letras
Condecorado pela OAB; Marinha e Assembléia Legislativa