A CRISE DE ESTAGNAÇÃO NO BRASIL E A DITADURA DOS BANCOS PRIVADOS SOBRE O BANCO CENTRAL E PÚBLICOS
“Quando um país incorria em um déficit de pagamentos e começava a perder ouro, seu banco central podia intervir para acelerar o processo de ajuste do meio circulante. Ao reduzir o meio circulante, a intervenção do banco central exercia uma pressão para baixo nos preços e aumentava a competitividade dos produtos domésticos, eliminando o déficit eterno com a mesma eficácia de uma saída de ouro do país. A ampliação do modelo de maneira a incluir a intervenção de um banco central visando reforçar o impacto de fluxos de ouro incipientes nos meios de pagamento domésticos podia, assim, explicar como ocorriam ajustamentos externos na ausência de grande movimentação de ouro. Geralmente, o instrumento utilizado era a taxa de redesconto. Os bancos e outros intermediários financeiros (conhecidos como casas de redescontos) emprestavam dinheiro a comerciantes por sessenta ou noventa dias. O banco central podia adiantar esse dinheiro ao banco imediatamente, em troca da posse do título assinado pelo comerciante e do pagamento dos juros. O adiantamento do dinheiro era resultado da operação denominada “redescontar o título”; os juros cobrados eram a taxa de redesconto. Frequentemente, os bancos centrais mostravam-se prontos a descontar, à taxa prevalecente, um número ilimitado de letras elegíveis que lhes fossem apresentadas (sendo que a aceitabilidade dependia do número e confiabilidade nas assinaturas apostas ao título, das condições, sob as quais ele havia sacado e de seu prazo até a maturação). Se o banco elevasse à taxa e tornasse o desconto mais dispendioso, um número menor de intermediários financeiros estaria interessado em descontar títulos e obter dinheiro do banco central. Através da manipulação de sua taxa de redesconto, o banco central podia interferir no volume de crédito doméstico. O banco podia aumentar ou reduzir a disponibilidade de crédito para restaurar o equilíbrio do balanço de pagamentos sem que fosse necessário realizar transferências de ouro (leia-se hoje de divisas ou perda de reservas – grifo e observação minha). Quando um banco central, prevendo perdas de ouro (divisas – grifo meu) , elevava sua taxa de redescontos, reduzindo assim seu estoque de ativos domésticos que lhe rendia juros, ocorria o enxugamento do volume de dinheiro no mercado. Verificava-se uma redução no volume de dinheiro em circulação e o equilíbrio externo era restaurado sem necessidade de uma saída real de ouro (divisas) do país. Esse comportamento por parte dos bancos centrais veio a ser denominado “jogar segundo as regras”. Não havia, evidentemente, um livro contendo as regras definindo esse comportamento. “As regras do jogo” era uma expressão cunhada em 1925 pelo economista inglês John Maynard Keynes, quando o padrão ouro do período anterior à guerra era apenas uma vaga lembrança. O fato de que a expressão tenha sido introduzida tanto tempo depois deveria despertar nossa suspeita de que os bancos centrai orientavam-se, ainda que implicitamente, por um rígido código de conduta. Isso, na verdade, não ocorria, embora esse fato tenha sido descoberto apenas indiretamente. Em um tratado influente publicado em 1944, cujo propósito era explicar por que o sistema monetário internacional havia funcionado tão mal nas décadas de 20 e 30, Ragnar Nurkse tabulou – por país e por ano – o número de vezes, entre 1922 e 1938, em que os ativos domésticos e externos dos bancos centrais haviam caminhado juntos, como se as autoridades tivessem aderido “as regras do jogo”, e o número de vezes em que isso não ocorreu. Ao descobrir que os ativos domésticos e externos moviam-se em sentidos opostos na maioria dos anos estudados. Nurkse atribuiu a instabilidade do padrão ouro no período do entreguerras a um desrespeito generalizado das regras e, assim, deduziu que a estabilidade do padrão ouro clássico dependeria da preservação dessas mesmas regras. Porém quando Arthur Bloofield refez em 1959 o exercício de Nurkse utilizando dados de um período anterior à guerra, para sua surpresa, ele verificou que o desrespeito às regras eram igualmente comuns antes de 1913. É claro, portanto, que outros fatores, além do balanço de pagamentos, influenciavam as decisões dos bancos centrais sobre em que nível deveriam fixar a taxa de redesconto. A lucratividade era um desses fatores, tendo em vista que muitos bancos centrais eram instituições privadas. Se o banco central fixasse a taxa de redesconto acima das taxas de juros do mercado, ele poderia ficar sem clientes. Esse foi um problema para o Banco da Inglaterra a partir da década de 1870. O crescimento do número de bancos privados depois de meados do século havia reduzido a participação de mercado do Banco da Inglaterra. Anteriormente, o banco havia sido “tão forte que poderia ter absorvido todos os outros bancos londrinos, seus capitais e suas reservas e, mesmo assim, seu próprio capital não teria se exaurido. Quando as operações de redesconto do Banco foram reduzidas a apenas uma fração daquelas praticadas por seus concorrentes, uma elevação em sua taxa de redesconto (bank rate) tinha menor impacto sobre as taxas de mercado. (assim com a queda da Selic não influencia nada em razão das taxas de juros dos bancos privados no Brasil extratosféricas!!! Grifo meu). Uma elevação nessa taxa ampliava o diferencial entre ela e as taxas de mercado, fazendo com que o Banco da Inglaterra ficasse sem clientes para esse tipo de operação. Se esse diferencial se ampliava excessivamente, a “bank rate” poderia perder sua “eficácia” através da venda de títulos (juntamente com a venda de compromissos de recompra) com o objetivo de baixar o preço das mesmas, empurrando as taxas de mercado para cima, aproximando-as da “bank rate”. Outra consideração era que uma elevação nas taxas de juro para conter a saída de ouro (divisas grifo) poderia esfriar a atividade econômica. Elevações nas taxas de juro aumentavam o custo de financiamento de investimentos e desestimulavam a acumulação de estoques, embora os bancos centrais ficassem, em larga medida, isolados das repercussões políticas negativas. Finalmente, os bancos centrais hesitavam em elevar as taxas de juro porque isso aumentava o custo do serviço da dívida do governo. Mesmo bancos centrais que eram instituições privadas não estavam imunes a pressões no sentido de proteger o governo deste ônus. O Banco da França, embora fosse uma instituição privada, era chefiado por um servidor público nomeado pelo ministro das Finanças. Três dos doze membros do Council of Regents do banco eram indicados pelo governo. A maioria dos funcionários do Rechsbank alemão era de servidores públicos. Embora a diretoria do Rechsbank decidisse a maior parte das questões de suas políticas através de voto majoritário, em caso de conflito com o governo ele era obrigado a obedecer às instruções do chanceler alemão. Portando, uma suposição simplista de que haveria um conjunto de “regras do jogo” seria enganosa – e, com o passar do tempo, cada vez mais errônea.” Todo este texto é de autoria do grande economista em matéria monetária Barry Eichengreen em sua obra A GLOBALIZAÇÃO DO CAPITAL – UMA HISTÓRIA DO SISTEMA MONETÁRIO INTERNACIONAL.
EM FEVEREIRO A FOLHA DE SÃO PAULO INFORMAVA QUE A SELIC TINHA CAIDO PARA 6,76 HOJE JÁ ESTÁ EM 6,40: (NOTÍCIA DA FOLHA DE SÃO PAULO ABAIXO) ENQUANTO AS TAXAS DE JUROS DOS BANCOS PRIVADOS, DESCONECTADAS E DESCOLADAS DA SELIC, INDIFERENTES À ELA E LÁ NO TETO MOSTRAM QUE O BANCO CENTRAL E SEUS BANCOS PÚBLICOS, BANCO DO BRASIL E CAIXA, NÃO CONTROLAM MAIS A ECONOMIA ESTANDO ELA SOBRE TOTAL CONTROLE DOS BANCOS DA ÁREA PRIVADA COM SEUS APORTES DE CAPITAL RENTISTA INTERNACIONAL QUE MODULAM, ATRAVÉS DA TAXA DE JUROS, A QUEDA DOS PREÇOS INTERNOS, PARTICULARMENTE DO PIB DO AGRONEGÓCIO, PARA QUE, COM EXPORTAÇÕES PARA OS PAÍSES COM BAIXOS CUSTOS MONETÁRIOS E SOCIAIS, COMO O SUDOESTE ASIÁTICO, SUAS APLICAÇÕES RENTISTAS TENHAM UMA MAIS VALIA AINDA MAIOR EM FUNÇÃO DO FORNECIMENTO DE ALIMENTAÇÃO BARATA O QUE BAIXA O CUSTO DA PRODUÇÃO NO ALÉM FRONTEIRAS AUMENTANDO O CUSTO DE VIDA INTERNO NO BRASIL E DIMINUINDO SUA MAIS VALIA E RENTABILIDADE DO CAPITAL TUPINIQUIM COM SEU PODER DE AGREGAÇÃO POIS NÃÕ CONSEGUE DAR IMPULSO PARA UMA RETOMADA…
O BANCO CENTRAL DO BRASIL NO SITE http://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/c/TXJUROS/
Taxas de juros de operações de crédito
Modalidades de crédito
- Pessoa física:
- Taxas pré-fixadas
- Taxas pós-fixadas referenciada em TR
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- Pessoa jurídica:
- Taxas pré-fixadas
- Taxas pós-fixadas referenciada em juros flutuantes
- Taxas pós-fixadas referenciada em moeda estrangeira
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PUBLICA ÀS VARIAS TAXAS DE JUROS DOS DEMAIS BANCOS EM VÁRIAS OPERAÇÕES DEMONSTRANDO QUE EMBORA BAIXANDO A SELIC O SEU REBAIXAMENTO NÃO TEM BENEFICIADO E CHEGADO NA ATIVIDADE PRIVADA QUE CONTINUA SUJEITA AO ESTAMENTO DOS BANCOS PRIVADOS QUE, COMO CONSTATA O PROFESSOR DOUTOR BARRY EICHENGREEN, PASSARAM A CONTROLAR OS JUROS INTERNOS NO BRASIL E TAMBÉM A CONTROLAR A CIRCULAÇÃO MONETÁRIA em virtude da MOEDA ELETRÔNICA em forma de cartões de crédito que estabelecem pelos seus altos spreeds uma taxa que comprime o crédito, diminui o meio circulante em valor de seu preço usurário, fazendo assim que os Bancos Privados e sua Rede estabeleçam a política econômica deixando o governo de apitar neste ítem. Os imbecis liberais reclamam do governo mas os juros escorchantes dos bancos privados e sua rede é que estabelecem UMA VERDADEIRA DITADURA CIVIL MONETÁRIA E CREDITÍCIA SOBRE O PAÍS não tendo o governo, por sua redução de tamanho frente aos bancos privados perdido seu cacife de determinar a política interna. Assim, a única coisa que o governo faz é baixar a Selic baixando também a remuneração e os juros sobre a dívida pública e de certa forma barateando o renegociamento de impostos através de refis pois também com juros baixos determinados pelo governo. Nossa economia, o processo de desindustrialização, o desemprego, e o fechamento das empresas vêm exatamente , ORIGINARIAMENTE, deste novo perfil financeiro do Estado Nacional Brasileiro com uma dívida de 3 trilhões de reais ou o equivalente a um trilhão de dólares que cresce geometricamente pois paga-se juros da dívida no valor de 11% do PIB do Brasil, que equivalem à todo o produto interno bruto do Rio Grande do Sul, 340 bilhões, não quitando o principal que segue crescendo até implodir o Estado Nacional Brasileiro! Toda a produção está sendo vampirizada pelo capital rentista que diagnosticando :
1 – Crise Política e sua falta de definição de rumos ;
2 – Taxa de Impostos dos três entes da federação estapafúrdias;
3 – Custo Brasil onde esta sua péssima logística de transporte, portuária e esgotamento das riquezas para portos sucateados, com estradas esburacadas;
4 – Violência em razão do crescimento da Economia Informal oriunda do crime de tráfico de drogas, descaminho de direito e contrabando turbinada ao máximo com suas lavagens de dinheiro e compras de benesses através de corrupção de “autoridades”;
5 – Niveis de educação péssimos com uma expansão da taxa de natalidade dos estamentos proletários que não dão estudo e cultura e abdicam da mesma para adotarem a cultura alternativa do crime contra o sistema numa expansão terrível;
6 – Um estamento corrupto no mais alto grau de políticos que usam o estado como cartório num regime do quem indica, do quero o meu e do manda quem pode e obedece quem precisa fazendo com que regulações estapafúrdias de difícil cumprimento sejam a justificativa para a chantagem , o achaque dos governos rapinando a atividade privada que não consegue assim se expandir pois não há racionalidade alguma numa diarréica edição de leis por políicos que fazem leis mas , corruptos, não fiscalizam a corrupção desiderato de suas funções…
São estes os problemas endêmicos em que o estamento usurário dos bancos, em função do alto nível de endividamento, aplica um torniquete mais e mais nos cheques ouro, nos cartões estabelecendo e moldando os políticos aos seus apetites e asfixiando a sociedade civil com sua usura sem limites. Este é o estado de rendição do Estado Nacional e da Sociedade Civil, em razão de um estado ocupado por burocratas e castas assenhoreadas de sinecuras e prebendas altamente remuneradas e que não dão à resposta dinâmica aos apelos da Sociedade pois asfixiam , elas mesmas os mecanismos de produção que são os pulmões e o coração de uma sociedade sadia!!! Apontamentos para consulta ….e menemônicos ….